domingo, 27 de fevereiro de 2011

Gradiente CS-5


Na linha dos rádios gravadores da Gradiente, apresentamos o CS-5.





Trata-se de modelo fabricado desde 1988. Este exemplar que apresentamos foi fabricado em 24 de fevereiro de 1989. A Gradiente costumava incluir a data de fabricação em seus produtos, no momento em que finalizava o seu controle de qualidade. Carimbava nos altos falantes e twiters, além de incluir o nome da pessoa responsável pelo controle de qualidade.
O Gradiente CS-5 é além de tudo, um receptor de altíssima qualidade, sintoniza canais de TV e, além de AM e FM, sintoniza também duas faixas de ondas curtas.



Porém, o principal destaque deste produto é a capacidade de duplicação de fitas K7. Utiliza um tipo de chaveamento eletrônico na função de radio/tape, eliminando qualquer ruído durante o ponto em que  a gravação se inicia. 


 O Gradiente CS-5 apresenta uma excelente qualidade sonora, através de pesados altos falantes, o que já era outra inovação para a época. Os falantes com imãs  mais pesados eram reservados à produtos de maior potência, como por exemplo nos conjuntos modulares.


Gradiente CS-5
 Gradiente CS-5
 Gradiente CS-5
 Gradiente CS-5
 Gradiente CS-5
 Gradiente CS-5
 Gradiente CS-5



HISTÓRIA DA GRADIENTE.
Fonte da pesquisa: Página da Wikipedia.




Gradiente é uma empresa brasileira de eletroeletrônicos. A empresa, fundada em 1964 no bairro Pinheiros em São Paulo, cresceu fortemente durante a década de 1970 devido principalmente a três fatores:


- a proibição da importação de equipamentos eletrônicos;


-o crescimento econômico brasileiro conhecido como milagre econômico


-a implantação do pólo manufatureiro da Zona Franca de Manaus.


De uma uma fábrica de pequeno porte, a Gradiente transformou-se de em um poderoso grupo do setor de eletroeletrônicos.


A Gradiente encontra-se em problemas financeiros desde 2007. Além da concorrência mais acirrada, o que derrubou a empresa, segundo o próprio Eugênio Staub, foram dois outros fatores: o primeiro foi a compra da Philco em 2005 por 60 milhões de reais. Dois anos depois, a empresa foi vendida por 22 milhões de reais, a fim de reduzir o rombo financeiro. Outro problema foram falhas administrativas que, em 2007, praticamente paralisaram a companhia. Agora, a empresa se encontra em processo de recuperação extrajudicial.[2]







Consolidação da marca


Durante a década de 1970 e parte dos 1980, o foco da empresa foi atender o mercado de produtos de áudio sofisticados. Seus equipamentos eram modulares consistindo-se de amplificadores, receivers, tape-decks, toca-discos de vinil, etc. A Gradiente não oferecia aparelhos populares do tipo 3-em-1, isto é, aparelhos onde rádio-amplificador, tape-deck e toca-discos são conjugados num único gabinete.


Esta filosofia, aliada às campanhas publicitárias, à imagem de modernidade com o lançamento de novos produtos como o CD player e a substituição periódica de linhas de equipamento (obsolescência programada) consolidaram a marca como uma das mais importantes no setor de eletro-eletrônicos do Brasil.


Em 1979 a empresa lançou, como uma alternativa mais sofisticada aos 3-em-1, o conceito que chamou de “system”: um conjunto de equipamentos que consistia de receiver, toca-discos, tape-deck e um par de caixas acústicas vendidos num único pacote. Os equipamentos eram baseados nos aparelhos modulares com pequenas diferenças de acabamento. Para a empresa havia a vantagem de se pagar um único imposto sobre todo o pacote. Foi uma idéia bem sucedida e a cada 2 anos, aproximadamente, a Gradiente atualizava a linha. Os systems duraram até cerca de 1987/88 quando a empresa passou a se concentrar nos equipamentos conjugados.


Em 1982/83 a empresa tomou a iniciativa de padronizar a largura e o design dos equipamentos modulares de forma que eles poderiam ser livremente escolhidos e empilhados harmoniosamente formando conjuntos ao gosto do comprador. Este conceito recebeu a designação comercial "compo", uma abreviação de "componente", pois cada equipamento era um componente do sistema.

Compra de outras marcas


Garrard


Esta tradicional marca inglesa foi adquirida em 1979. O objetivo era exportar os aparelhos Gradiente sob a marca Garrard que era internacionalmente reconhecida. As exportações foram iniciadas no começo da década de 1980 para os EUA e a Europa, mas o negócio não foi bem sucedido. Em entrevista a Paulo Markun (Playboy, jul-1990), o próprio Eugênio Staub, presidente da empresa, afirmou que o fracasso custou US$ 18 milhões. Em 1997 a marca Garrard foi licenciada (ou vendida) para a Loricraft Audio, um grupo inglês que fabrica toca discos de vinil em pequena escala[3].
Polyvox


A Polyvox foi fundada por ex funcionários da Gradiente e, durante muitos anos, tentou ser sua concorrente até ser adquirida em 1979. Pouco após a aquisição, os equipamentos TOP de Linha como a linha 5000 da Polyvox foram descontinuados em prol do Esotech da Gradiente com uma linha disposta de vários aparelhos modulares como os Amplificadores: IA II, AII, HAII, o pré PII, o Tuner TII,o equalizador EII, Cd player LDP-636, Toca discos XP II, RP II, QT II, Tape deck´s SDII, DII (03 cabeças), Crossover CX II, Caixas Acústicas RSII, SSII, além do receiver RC II, Rack AR II. e a Polyvox foi direcionada para o mercado de aparelhos populares: conjuntos integrados tipo 3-em-1 e radio-gravadores. A partir de meados da década de 1980 os produtos com a marca Polyvox foram desaparecendo como deveria ter acontecido desde o inicio até que ela não foi mais usada. Atualmente não existe mais nenhum produto com esta marca, ainda que a Gradiente mantenha seu registro.
Telefunken


Quando esta marca foi adquirida em 1989, sua participação no mercado de televisores já era declinante. Aparentemente a Telefunken da Alemanha quis se desfazer do negócio no Brasil e a Gradiente tinha interesse numa fábrica de televisores. Assim, pouco após a aquisição da marca, os produtos Telefunken foram descontinuados e a Gradiente lançou televisores com sua própria marca.
Philco


A marca que pertencia ao grupo Itaú foi adquirida em 9 de agosto de 2005. A incorporação da Philco permitirá à empresa melhorar a participação no mercado de televisores e DVD. Desde a aquisição da Telefunken a marca Gradiente nunca teve grande participação no mercado de vídeo. A Gradiente e a Philco, combinadas, detêm cerca de 18% de participação no mercado de televisores: Philco 10% e Gradiente 8%, segundo dados de 2004. Estes números aproximam a empresa das líderes do setor: Philips, LG e Semp-Toshiba. Em setembro de 2007 a marca Philco foi vendida a um grupo de investidores estrangeiro (chinês). A Britania, empresa de origem paranaense, fabricante de eletrodométicos, alugou o uso da marca e terá o direito de usá-la por um período de 10 anos.
Tecnologias


Além de aparelhos com projeto próprio a Gradiente sempre se valeu do uso de tecnologia de outros fabricantes. O uso de tecnologia de terceiros pode ser classificado em:
compra de aparelhos prontos de outros fabricantes (câmera de vídeo da Sony)
montagem de aparelhos de outras marcas (tape-deck JVC)
modificação de aparelhos de outras marcas (tape-deck JVC)
adaptação de mecanismos de terceiros em aparelhos de design próprio (tape-deck Alpine, amplificador Super A)


A utilização de tecnologia ou produtos de outros fabricantes ocorreu principalmente em razão da dificuldade de se projetar no Brasil aparelhos equipados com partes eletromecânicas, como é o caso dos tape-decks e dos toca-discos.


Por exemplo, os tape-decks de código CD (CD-5500, por exemplo) eram na realidade aparelhos JVC com pequenas diferenças de acabamento. Somente na década de 1980 é que a Gradiente lançou tape-decks com design próprio: são os aparelhos com código C (C-484, por exemplo) que utilizavam mecanismo da Alpine.


Algumas empresas que forneceram tecnologia à Gradiente:
JVC: foi uma das maiores parceiras fornecendo tecnologia para amplificadores, tape-decks, toca-discos e video-cassetes
Funai: video-cassete (V-11 e SV-21)
Pioneer: toca-discos (DD-I)
Yamaha: CD player (LDP-636)
Alpine: tape-deck (C-484)
Sherwood: receiver áudio/vídeo
Produtos de vídeo e computadores


Em 1983 a empresa lançou o videogame Atari 2600 com licença oficial da Atari estadunidense num mercado infestado de clones não autorizados deste console.


Por 10 anos a Gradiente foi a revendedora oficial dos consoles Nintendo no Brasil (e antes disso lançara um clone do NES, o Phantom System), inicialmente em parceria com a Estrela, chamada Playtronic, fundada em 1993. A Estrela saiu em 1996. Após um período sofrendo com a alta do dólar e tendo de impor altos preços, a Gradiente saiu do mercado em 2003.


Em 1985 a empresa entrou no ramo de computadores pessoais com o Expert que seguia o padrão MSX estabelecido por empresas japonesas. Tinha como concorrente o HotBit da Sharp. Fez grande sucesso na época, sendo considerado o melhor MSX nacional. Tinha como diferencial marcante o teclado separado da CPU. Infelizmente, na época, a Gradiente desenvolveu um padrão próprio de conexão de periféricos, como entradas para teclado e impressoras. Tal fato feria a concepção original do padrão MSX, o que foi considerado uma grande falha de projeto, pois a Gradiente deixou de vender muitos micros devido à incompatibilidade com hardwares presentes no mercado.


Em 1990, a empresa encerrou a fabricação do Expert e saiu do ramo de computadores. O retorno a este mercado só voltaria a ocorrer em 2002 com o lançamento do Oz. Este computador, no padrão PC, tinha apenas um design de gabinete diferenciado, não havendo novidades na parte eletrônica. O equipamento foi vendido por cerca de 1 ano, após o que a empresa novamente se retirou do ramo da microinformática.


Em 1988 ocorreu a estréia no mercado de videocassetes com 2 modelos projetados pela empresa japonesa Funai Electronics. A curiosidade é que o aparelho inicialmente era vendido em Miami, Nova York e Manaus. O Paraguai não era mencionado pela empresa, mas lá também era possível se adquirir o aparelho. A Gradiente alegava que a maioria dos videocassetes era adquirida no exterior e que o preço de seu aparelho ficava dentro da cota de importação. Posteriormente os videocassetes foram fabricados no Brasil com tecnologia da Funai e da JVC.


Em 1989 a empresa ingressa no mercado de televisores com a compra da Telefunken do Brasil. Desde então ela tem estado presente neste mercado sem nunca ter conseguido uma participação mais significativa.
Popularização da marca


Inicialmente foi feita uma tentativa de estabelecer a Polyvox como uma marca popular. Porém, o agravamento da crise econômica do Brasil que levou ao empobrecimento da classe média fez com que a própria marca Gradiente se popularizasse com o lançamento de aparelhos mais simples. Isto ocorreu por volta de 1987/88.


Os aparelhos modulares da linha "compo" foram desaparecendo e os "systems" foram substituídos por aparelhos conjugados verticais em que o receiver e o tape-deck eram montados num mesmo gabinete, mas de uma forma que mantinha a aparência de aparelhos modulares empilhados. Nos aparelhos mais simples, o toca-discos também era montado no mesmo gabinete. Os painéis de alumínio foram substituídos por plástico.


Atualmente, a empresa não mais fabrica equipamentos modulares de áudio, concentrando-se nos conjugados conhecidos como micro-systems e nos “home theater in a box”, que são aparelhos que conjugam DVD player e amplificador multicanal.
Crise


Desde o início de 2007 , a Gradiente enfrenta uma grave crise econômica, com uma dívida estimada em R$ 280 milhões. Devido a crise, a empresa suspendeu temporariamente o atendimento de alguns postos autorizados devido a pendencia de peças para reparo.
Retomada das Atividades em Manaus


A Gradiente planeja retomar as atividades de sua fábrica na Zona Franca de Manaus, com previsão do reinício das atividades para o primeiro semestre de 2011. A empresa iniciou a divulgação do seu plano de retorno ao mercado através de uma campanha de marketing focada nas mídias sociais desde outubro de 2010.


A empresa também retomou o atendimento dos postos autorizados, devido a pendência de peças para reparo na época da crise que a Gradiente estava passando. Essas ações estavam em pauta, conforme proposta de reestruturação apresentada a credores.
Fonte: Wikipedia.